Mulher é agredida novamente por marido e ameaçada de morte

Apesar do apelo por justiça, a vítima admitiu que depois da agressão permitiu que o marido voltasse para casa 

E os casos de agressão não param de ocorrer em Livramento, segundo informações policiais. Esta semana, por exemplo, informações dão conta de que mais uma vítima acabou procurando ajuda policial, após apanhar do marido por vários anos.

Segundo estas informações, a vítima, de quase 60 anos de idade, denunciou o agressor, logo após ter sofrido mais um episódio de lesões corporais. Desta vez, não diferente das outras oportunidades, o agressor teria chegado à casa da vítima completamente embriagado e, durante a madrugada, agarrou-a pelos braços, dando início às ameaças verbais. Como se não bastassem os insultos, o marido embriagado também estrangulou a vítima e ainda a ameaçou de morte, provocando várias marcas nos braços e pescoço.

A vítima contou à Polícia que já registrou várias ocorrências contra o marido e que também requereu as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, inclusive manifestando o desejo de representar criminalmente contra o acusado.

Apesar do apelo por justiça, a vítima admitiu que, depois, permitiu que o marido voltasse para o convívio familiar. Agora, tendo em vista este último episódio de violência, a comunicante disse que teme por sua vida e que quer ver o agressor fora de sua casa, pois o mesmo não é proprietário do imóvel e tampouco de outros objetos dentro da casa. 

Pesquisa 

Uma pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Sesc, revelou que a violência doméstica ainda é uma triste realidade no País. O levantamento mostrou que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões por parte de companheiros, sendo 1,3 milhão nos 12 meses que antecederam a pesquisa.

Foram ouvidas 2.365 mulheres e 1.181 homens com mais de 15 anos em 25 Estados brasileiros. Entre os entrevistados, 85% conhecem a lei Maria da Penha (que protege mulheres vítimas da violência em casa) e 80% aprovam a legislação.

O estudo mostrou, ainda, que 32% das agressões foram motivadas por ciúme e que 8% dos homens entrevistados admitiram já ter batido em uma mulher. Outros 48% disseram ter um amigo ou conhecido que fizeram o mesmo e 25% afirmaram que têm parentes que agridem as companheiras.

Entre os homens que assumiram as agressões, 14% alegaram que agiram bem na ação e outros 15% disseram que bateriam de novo se julgassem necessário.

 

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