Livros que alegram

Crianças da pediatria da Santa Casa são presenteadas com obras infantis, uma vez por semana

O pequeno Luis Fernando recebeu o livro da secretária de cultura, contando que adora as histórias que “lê” na escolinha

O sentimento é de dever cumprido”. Essa é a frase da secretária municipal de cultura, Carmen Machado, após mais uma manhã destinada a levar um pouco de lazer e entretenimento às crianças internadas na pediatria da Santa Casa de Misericórdia.

Há aproximadamente três meses, com a parceria de Artur Montanari, um dos diretores da Livraria Marco Zero, a Secretaria Municipal de Cultura distribui, gratuitamente, livros infantis para as crianças internadas no hospital. “Esse projeto nasceu da necessidade cultural que percebemos nas pessoas. Queremos começar um trabalho de base, com as crianças adquirindo o hábito pela leitura e aprendendo a escrever desde bem cedo, para não chegar num vestibular, como vemos muito atualmente, e não saber o que escrever”, destaca Carmen Machado.

A enfermeira chefe da pediatria e da maternidade da Santa Casa, Valéria Lavarda Martins Gomes, apoia totalmente a iniciativa. “Acredito que sempre que pudermos transmitir cultura para as pessoas, independente do lugar em que elas estejam, é válido. Nos hospitais, geralmente as crianças têm restrições em relação ao ambiente de brincadeiras, do trabalho coletivo com outras crianças, o que torna o ambiente hospitalar um pouco mais cansativo para elas. Porém, se elas tiverem acesso a brinquedos, a livros, e até mesmo a atenção que recebem das pessoas, percebemos a diferença na evolução do quadro clínico dela”, diz.

Segundo Valéria, felizmente, a Pediatria da Santa Casa de Misericórdia possui atualmente um número reduzido de internados. “Antigamente, tínhamos uma média de 30, 40 crianças internadas, e hoje a nossa média mensal é de 12 a 13 crianças. Acredito que isso se deva a uma melhora da atenção pública para com as crianças”, frisa a enfermeira Valéria.

O provedor da Santa Casa, Adolfo Ferreira, considera a ideia magnífica, na medida em que atinge o público que não tem o hábito da leitura. “Trazer esses livros é fantástico. São coisas que não dizem respeito diretamente ao hospital, mas ajudam na recuperação dos pacientes”, destaca o provedor. Segundo Adolfo Ferreira, a ideia é trazer a cultura para dentro da Santa Casa. “Enquanto essa ideia existir, terá nosso total apoio”, garante.

Com oito anos, Natan do Nascimento Nunes cursa a 3ª série, e segundo a mãe, Maria, adora ler. “É um estímulo para as crianças que estão longe da escola. Não perder o hábito da leitura é o mais importante”, declara Maria do Nascimento.

Rita de Cássia da Costa Portes já ganhou seu quarto livrinho de histórias. Aos dez anos, a menina cursa o 5º ano e adora ler e escrever. Tendo que ficar internada por longos períodos, a menina teve de se afastar da escola. “Receber esses livros faz uma grande diferença para ela, porque a distrai e diverte, pois ela gosta muito de ler”, conta a mãe da menina.

Apesar de não ser alfabetizado ainda, Luis Fernando Pires (4 anos) ficou radiante quando recebeu um livro. “Eu gosto de livros, olho bastante na minha escolinha”, conta ele.

 

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