Alunas de Relações Internacionais da UNIPAMPA vão a Nova Iorque participar de conferência da ONU

Carla e Jéssica

Desde o dia 29 de junho, Carla Ricci e Jéssica Monteiro, alunas do curso de Relações Internacionais do Campus Sant’Ana do Livramento da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) estão em Nova Iorque – EUA participando do Tratado de Comércio de Armas (ATT – sigla em inglês de Arms Trandes Treaty). A conferência é realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e conta com a participação de mais de 500 organizações da sociedade civil, além das representações dos países que compõem a ONU. Juntos, eles irão definir rumos para um dos assuntos contemporâneos mais delicados: a comercialização de armas no mundo.

Carla e Jéssica, que permanecerão lá até o dia 14 de julho, fazem parte do Grupo de Práticas em Direitos Humanos e Direitos Internacionais, projeto de extensão sob coordenação do professor Cristian Wittmann. Eles fazem parte da delegação de observadores da rede internacional “Control Arms”. “Estou orientando (as alunas) a distância, de acordo com um plano de ação em coordenação com toda equipe da “Control Arms”, dos quais eu conheço vários coordenadores”, comenta Wittmann. Ambas são do quarto semestre e sua participação na conferência foi viabilizada através dos contatos que o orientador possui a partir de experiências diplomáticas passadas.

Sobre o objetivo do Grupo, o professor Cristian Wittmann aponta:

- O nosso grupo atua em diferentes contextos para promover políticas públicas de defesa e promoção dos direitos humanos, controle e banimento de armamentos e novos contextos de governança global com a inclusão de novos atores na tomada de decisão. Nesse contexto, as estudantes estão lidando com representações diplomáticas em parceria com outros movimentos sociais para aumentar os padrões internacionais no comércio de armas, dando seguimento aos contatos com parlamentares e outros movimentos sociais nacionais e internacionais na busca desse objetivo.

Em paralelo, Carla e Jéssica buscam agendar uma reunião bilateral com os representantes brasileiros para obter informações oficiais e pressionar a mudança da política externa, no que se refere às Bombas Cluster, armamento considerado indiscriminado por mais de 100 países e já proibido por convenção internacional, a qual Brasil ainda não assinou. Sobre a preparação das acadêmicas para a viagem, o professor Cristian conta que levou em torno de dois meses e meio, durante os quais elas estiveram em contato com o tema de forma prioritária, conhecendo conceitos, vocábulos e já interagindo via e-mail com inúmeros ativistas da Control Arms.

- Tivemos reuniões para que eu explicasse desde os procedimentos, posturas, comportamentos, formalidades e logística de uma conferência dessa magnitude. Ademais, organizamos previamente, junto aos coordenadores da Control Arms, atividades e contextos nos quais as acadêmicas pudessem contribuir, tais como monitoramento das sessões plenárias, ações de mobilização/sensibilização dentro e fora do ambiente diplomático, acompanhamento de reuniões bilaterais com governos, dentre outras atividades.

A conferência diplomática em Nova Iorque deve durar quatro semanas e é fruto de mais de seis anos de esforços da sociedade civil para sensibilizar os países de tal necessidade.

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