Mobilização marca mais um dia de greve na Unipampa

Professores e técnicos da Universidade Federal do Pampa, lotados no campus de Livramento, fizeram ontem mais um ato pedindo atenção às reivindicações das duas categorias

Professores e técnicos da Unipampa em Livramento seguem mobilizados, de acordo com a tendência nacional

Quarenta dias sem solução aparente e crescente expectativa por parte dos professores, técnicos e, principalmente, alunos da Universidade Federal do Pampa, em todos os seus dez campi espalhados pelo Rio Grande do Sul, incluindo Sant’Ana do Livramento. Em todo o território nacional, já são 80% dos professores das universidades federais em greve, de acordo com dados repassados pelo Sindicato Nacional dos Docentes em Instituições de Ensino Superiores (ANDES).

Em Sant’Ana do Livramento, ontem, a manhã foi marcada por mais um ato em frente ao campus da Unipampa, com a presença de professores e técnicos que estão juntos, lutando, para que, além da atenção às reivindicações coletivas das categorias, uma pauta local também seja atendida e sejam resolvidos problemas como um local específico para a moradia dos alunos que frequentemente vêm de outras cidades e estados.

Balanço

“Esperamos que o governo nos atenda ou, pelo menos, nos receba com uma proposta minimamente estruturada, porque até agora tem sido um deboche”. Para o professor Ricardo Severo, integrante do comando de greve local, a esperança de que o debate seja reaberto é discutida pela categoria, que deseja estabelecer as negociações com o governo.

De acordo com ele, o Sindicato Nacional vai para as negociações e não há nada em retorno. Não vem nada escrito, nem em relação ao piso, nem ao teto. O Ministério propôs uma pausa na greve, de uns vinte dias, dizendo que ao voltarmos já encontraríamos uma proposta. Agora, com outras categorias e colegas entrando em greve, pode ser que o governo nos atenda”, frisou. O professor esclareceu, ainda, que não há possibilidade do semestre ser perdido. “O que vamos ter que fazer será uma readequação do calendário acadêmico. O que pode acontecer é que as férias de julho precisarão ser reduzidas, além do ajuste com as cadeiras. A nossa greve, dos docentes, é uma greve de aula. As atividades de pesquisa e extensão permanecem. Os alunos que vêm de fora e estão trabalhando com pesquisa e extensão seguem recebendo as bolsas. A nossa pauta local pede, inclusive, RU e Casa do Estudante, não apenas para os alunos de fora, mas para os alunos daqui também. Pedimos respeito na nossa greve, porque não adianta oferecer bolsas sem ofertar estrutura e segurança para que os alunos de fora permaneçam aqui na Unipampa”, disse. Para o técnico administrativo Jeferson da Luz Ferron, o balanço da greve é positivo. “Aqui no RS, a última instituição que aderiu foi a Universidade Federal de Pelotas – Ufpel, mas pela questão das eleições. Lamentamos o fato de não enxergarmos por parte do governo nenhum aceno de proposta. O que pedimos é o reajuste linear de 22% para todo o funcionalismo, três salários mínimos para o colega que entra na Classe “A”, auxílio-alimentação, entre outros pontos”, disse Jeferson Ferron.

Em Livramento, dos 19 técnicos, 6 estão trabalhando em regime de plantão para evitar que os alunos que precisam de documentos possam encontrar o local funcionando. Além disso, alguns setores administrativos, com exceção da biblioteca, estão funcionando.

 

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