Elegância e simplicidade fazem de Raquel Pereira a Primeira Prenda do Estado

Aos 20 anos, a representante da mulher gaúcha demonstra segurança, conhecimento e maturidade para lidar com importante conquista

Raquel Pinheiro Pereira, 1ª Prenda do Rio Grande do Sul

Representante de Sant’Ana do Livramento pelo CTG Fronteira Aberta, Raquel Pinheiro Pereira foi escolhida a Primeira Prenda do Rio Grande do Sul, na noite do último sábado, dia 26. O concurso foi realizado pelo MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho), na cidade de Passo Fundo, e contou, entre as três categorias (adulta, juvenil e infantil), com a presença de 67 candidatas.

Participando de concursos tradicionalistas desde os seis anos de idade, Raquel já foi Prendinha pelo CTG Rincão da Carolina; em 2007 conquistou o título de Primeira Prenda Juvenil do RS; além de Prenda mirim, infanto-juvenil e juvenil do Fegaes (Festival Gaúcho Estadual Estudantil). Com a agenda lotada, a prenda disse que é necessário ter organização para conciliar as diversas atividades que deve exercer a partir de agora. Além disso, ela é estudante universitária, cursando o 5º semestre de Administração na Urcamp. “O prendado é uma atividade que desenvolvo, especificamente, aos fins de semana”, conta.

A Plateia: Quanto tempo você se preparou para concorrer?
Raquel: Tudo é um somatório. Desde quando eu fui Prenda Mirim, tive que estudar para concorrer, então tudo é uma soma desses estudos. Este ano, estou completando 15 anos dentro do tradicionalismo, e em cada ano, eu concorri a um concurso, para os quais era necessário estudar. Sempre estudei com a professora Gladis Aprato, inclusive, para o concurso, fiz um intensivo de dez meses.

A Plateia: Já “caiu a ficha” que você é a Primeira Prenda do RS?
Raquel: É, mais ou menos. Agora estamos vivendo o momento de comemoração. Recebo homenagens, sou convidada para entrevistas como essa, e etc. Acho que a ficha realmente vai cair no momento em que começar o trabalho efetivamente. Dia 16 de junho, por exemplo, já temos a primeira reunião oficial do MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho), com todo o grupo de prendas e peões. Nessa reunião, seremos apresentados para os coordenadores, conselheiros, e é quando começamos a formular nossas metas. Já começarei a exercer minhas funções de liderança. Acredito que dia 16 será o verdadeiro início.

A Plateia: O que exigiram de você no concurso?
Raquel: Primeiro, passamos por uma prova escrita, sobre geografia do Rio Grande do Sul, História do Rio Grande Sul, História do Brasil relacionada ao Rio Grande do Sul, Tradição, tradicionalismo e folclore, além de uma redação. Costumo sempre dizer que quem passar na prova escrita já fica difícil de ser alcançada pelas outras concorrentes. Eu sempre me dediquei mais para a prova escrita do que para as outras. No entanto, eu sempre estive ciente de que se eu fosse mal na oral, eu poderia perder o concurso. A concorrência estava muito parelha, inclusive, empatei com a segunda colocada na prova escrita, ambas gabaritamos. O que definiu a vencedora foi o restante do concurso. Além da prova escrita, teve a mostra folclórica, que cada ano aborda um tema. Este ano, foi sobre artesanato. Eu apresentei o macramê, pela forte presença existente na nossa cidade, uma vez que o macramê é de origem árabe, pela população árabe que reside aqui. Depois tem o relatório de atividades, que é enviado trinta dias antes do concurso, onde constam as viagens que fizemos a eventos estaduais, regionais, além de promover projetos. Logo após, somos avaliados com uma prova artística, onde podemos tocar, cantar ou declamar. Eu toquei gaita-ponto nesta fase. Apresentamos uma dança tradicional e uma dança de salão. Para finalizar, realizamos a prova oral, em que um tema é sorteado quinze minutos antes da apresentação. Meu tema foi “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra”.

A Plateia: Qual foi a parte que considerastes mais difícil?
Raquel: A prova escrita, pois é um “vestibular do tradicionalismo”. Temos uma bibliografia de 29 livros para estudar, eu li cinco vezes cada livro e, mesmo assim, eu temia que caísse alguma coisa que eu não tivesse estudado.

A Plateia: Quais são teus compromissos depois do dia 16?
Raquel: Recebemos muitos convites para participar de eventos, atividades na cidade, além dos eventos oficiais, como congressos, convenções, acendimento da Chama Crioula, Semana Farroupilha, e eventos em geral, até maio do ano que vem, quando terei de passar a faixa para outra prenda.

A Plateia: Depois que entregar a faixa, quais seus planos dentro do tradicionalismo?
Raquel: Eu tenho intenção de entregar a faixa e continuar com atividades dentro do tradicionalismo, mas não como patroa de CTG. Quero continuar com a parte cultural, pretendo fazer curso de avaliadora, para seguir atuando na parte dos concursos de prendas, no comitê de indumentária, etc.

A Plateia: Como te sentes, agora, sendo prenda?
Raquel: A sensação é de missão cumprida. A pressão era grande em cima de mim, pelo fato de eu já ter sido prenda juvenil do Estado. Mas eu tinha o psicológico bem trabalhado, como diz meu pai. Eu era consciente que podia chegar lá e não ganhar nada, ou ganhar o terceiro e até o primeiro lugar. Então, nesse ano, eu tive que aprender a trabalhar com tudo isso.

 

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.


1 Comentário

  1. sergio herculano

    Parabens a raquel.Resultado de um trabalho realizado a tempo, com dedicação.Que ela tenha um futuro brilhante em sua vida pessoal e profissional.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.