Escola Célia Irulegui desenvolve o projeto “Aluno Empreendedor”

Com o apoio de empresas parceiras, escola mobiliza alunos na criação de empresas próprias

Alunos e professores do Célia Irulegui colocaram a “mão na massa”

Partindo do princípio de que muitas pessoas nascem com características voltadas para o empreendedorismo, os professores da Escola Célia Irulegui desenvolveram o projeto “Aluno Empreendedor”. “Além de poderem ser natas, acreditamos que algumas habilidades podem ser desenvolvidas na escola, como trabalhar em equipe e ter um olhar criativo”, afirma a supervisora e responsável pelo projeto, Luciana Harden.

O projeto foi aplicado nas séries finais do Ensino Fundamental, com o objetivo de trazer algo inovador que os alunos levem para sua vida. “Os alunos trabalham no turno inverso, no sistema da interdisciplinaridade e intersérie, ou seja, os alunos trabalham com colegas de outras séries, todos juntos”, explica a supervisora.

Em um projeto didático interdisciplinar, cada professor que participa precisa ter definidos seus objetivos educativos, próprios da disciplina ou área com a qual trabalha. “Precisamos motivar o aluno a construir um grande projeto de vida”, diz Luciana.

O aluno Maicon faz parte do grupo “A turma do Barulho”

Com esse projeto, a escola busca criar a oportunidade para o aluno se destacar como empreendedor em potencial, permitindo que coloque em prática os conhecimentos das disciplinas tradicionais como a Matemática, por exemplo, aplicados a situações reais, como a administração de uma empresa, tornando o ensino menos mecânico e mais significativo. Definir objetivos em Língua Portuguesa, em História e em Geografia, em português, em Inglês, em Espanhol, em Ciências, em Artes, e realizar um projeto no qual os alunos aprimoram seus conhecimentos sobre características do texto informativo e desenvolvem sua competência em produzi-lo. Os parceiros do projeto são: SEBRAE, SENAC, Mil Delícias, Hortifruti do Braz, FGTAS, SINE.

Os alunos da 8ª série da escola, Raisse, Mariane, Maicon e Cristian fazem parte do grupo “Turma do Barulho”, em que vendem bolo de caneca (os famosos cup cakes). Para eles, o projeto é “uma chance de aprender mais”. A professora Rosane Vieira, responsável pelo grupo, acredita que o projeto “é uma maneira de ensinar a empreender na vida, a mostrar que eles têm condições de fazer algo diferente”.

Palestras

Durante o projeto, é utilizada a cozinha da escola para a preparação dos alimentos

No dia 10 de maio, as turmas integrantes do projeto participaram de uma palestra com o gestor de projetos do SEBRAE, Edson Luís Machado Linhares, na qual foram abordados assuntos como coletividade, rever conceitos, motivação, mudanças e empreendedorismo na vida. Já estão programadas palestras com a empresária Cleusa Moraes, da padaria Mil Delícias e também oferecida pelo SENAC, com a palestrante Patricia Wartmann Reis. A culminância do projeto acontecerá no aniversário da escola, dia 2 de junho, das 8h30 às 15h, com barracas, degustação e venda dos alimentos produzidos durante o projeto.

Para o próximo trimestre, o projeto será continuado na área de saúde, com a produção de sabonetes, entre outros.

O que é o projeto “Aluno Empreendedor”

Na tarde de ontem, os alunos prepararam os cup cakes que serão vendidos na própria escola

O ponto fundamental do trabalho na sala de aula é proporcionar aos alunos uma reflexão e a conscientização das suas características, identificando o que precisam e podem fazer para desenvolver habilidades, competências, valores e conhecimentos, pois só assim se aproximarão do perfil do empreendedor de sucesso.

Neste I trimestre, o projeto traz o tema “alimentação” à discussão. “Abrir restaurantes, lanchonetes, montar carroça de cachorro-quente ou fabricar doces e salgados são as atividades empreendedoras de maior interesse neste trimestre”, segundo a supervisora Luciana Harden.

A ideia de que se pode ensinar a empreender vem incentivando propostas de incluir o empreendedorismo na feira de ciências da escola, onde as aulas são baseadas em conteúdos teóricos, palestras, dinâmicas, análise de filmes e trabalhos práticos. As linhas de ações estabelecidas para esse nível de ensino preveem a articulação entre conceitos empreendedores e aspectos relacionados ao desenvolvimento do indivíduo.

O empreendedorismo deve ser ensinado desde cedo. “Esse ensino pode instigar nos alunos qualidades indispensáveis aos bons profissionais, como aprender a superar obstáculos, identificar oportunidades, assumir desafios, tomar decisões, planejar, estabelecer metas e exigir qualidade”, explica a supervisora. “Buscamos que a educação empreendedora fomente estudantes mais seguros de sua escolha profissional e menos influenciáveis por opiniões, modismos ou pressões para tal decisão”, completa Luciana Harden.

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