Governo apresenta proposta aos agentes policiais no dia 31

A Casa Civil agendou para o dia 31 de janeiro a audiência com o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm) para apresentar proposta de remuneração por subsídio aos agentes policiais. A reunião tem início a partir das 11h.

É esperada grande concentração de policiais civis na frente do Palácio Piratini, na manhã da próxima terça–feira, para acompanhar a reunião.

Mobilização no interior

Nas delegacias do interior do Estado, a orientação da Ugeirm é para que os agentes policiais vistam a camiseta da campanha da “Verticalidade” e permaneçam em vigília. Não haverá restrição de atendimento à sociedade: nem na capital, nem no interior.

O presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, explica que a proposta a ser apresentada não é pontual, mas vai repercutir pelos próximos anos. A categoria rechaça a hipótese de ampliar o abismo salarial na Polícia Civil ou de rebaixamento de padrões, tal como aconteceu em negociações há 20 anos – e que se traduzem em vencimentos baixíssimos para agentes até hoje. O sindicato apresentou tabela de progressão salarial que foi integralmente aplicada pelo governo na negociação firmada com delegados de Polícia. Hoje, a diferença entre o vencimento inicial de agentes e de delegados é de 311%. “Ambos têm exigência de nível superior para ingresso. Esta diferença precisa diminuir, jamais aumentar”, defende Ortiz. Aplicado o calendário já negociado entre governo e delegados, o fosso salarial seria ampliado para 720%. A remuneração por subsídio extingue gratificações por atividade de risco e outros proventos, bem como faz cessar adicionais por tempo de serviço que impactam o crescimento vegetativo da folha de pagamento. “Houve estados em que esta negociação foi muito ruim para os policiais, a exemplo do Ceará. Esta é a razão da greve lá. Queremos o apoio da sociedade gaúcha, pois o Rio Grande do Sul tem os agentes policiais mais mal remunerados do país no comparativo nacional de salários”, completa Ortiz.

Na primeira rodada de negociação com a Casa Civil, em 13 de janeiro, o secretário Carlos Pestana disse que o governo iria, em um primeiro momento, formular proposta concreta em torno de valores. Em um segundo momento, seriam negociadas formas de incorporação de proventos à remuneração bruta total (*subsídio, previsão constitucional, art. 144, § 9º).

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