Sant’Ana do Livramento: terra de generais e beneméritos

Na edição de hoje, a história de beneméritos e lutadores que tiveram extrema ligação com nossa terra

Leonardo Silveira
leosilveira@jornalaplateia.com

Esta semana, no especial de Sant’Ana do Livramento, falaremos de alguns grandes vultos nascidos ou residentes na cidade, e que entraram para a história por defenderem ferrenhamente seus ideais, sendo eles políticos, humanitários ou de qualquer outra natureza.

Nossa intenção, através destas matérias publicadas dominicalmente nas edições impressa e on-line do jornal A Plateia, é fazer com que as pessoas, principalmente as mais jovens e também estudantes, entendam porque cada rua da cidade tem sua denominação e não, tão somente, saibam o nome da mesma. Muitas destas ruas já tiveram outros nomes, e ao longo dos anos foram sendo renomeadas através de decretos municipais, chegando à denominação que têm hoje.

Hector Acosta

Reconhecido em nome de rua e também de uma escola da rede estadual – inclusive a mesma completou esta semana 49 anos de fundação – Hector Acosta foi advogado, professor, jornalista e poeta. Nascido aqui em Livramento, foi inspetor escolar do município. Imprimiu grande impulso ao ensino, transmitindo o seu intusiasmo, a sua fé e o seu amor ao trabalho e a todos os colaboradores nessa obra patriótica e de significativa benemerência social, tornando-se credor do apreço dos contemporâneos e da consideração e do respeito das novas gerações. Prestou relevantes serviços ao setor educacional do Rio Grande do Sul e ocupou local de destaque na imprensa. Eleito vereador em 1959, faleceu no ano seguinte, após uma longa e proveitosa vida dedicada à causa do ensino.

Guilherme Flores da Cunha

Nasceu em Livramento e morreu pelo ideal político, na pujança de sua mocidade esperançosa, quando, bravamente, batia-se em defesa da legalidade. Ao se ferir em um duelo datado de 1923, sentiu o grito de seus antepassados reclamando o seu concurso bélico e, imediatamente, reuniu-se aos soldados de Borges de Medeiros e, ao lado de seu irmão, o General José Antônio Flores da Cunha. No combate da Ponte do Ibirapuitã tombou, heroicamente, o brioso soldado republicano, escrevendo com sangue uma página memorável de nossa história republicana. O seu nome se tornou, no Rio Grande do Sul, o símbolo da mocidade que morre por ideais.

General Flores da Cunha

Para que Guilherme Flores da Cunha – citado acima – não seja confundido com seu irmão José Antônio Flores da Cunha, pela igualdade no sobre nome, publicamos aqui, breve histórico do General Flores da Cunha, que é, inclusive, denominação de uma via municipal e de outra escola da rede estadual.

José Antônio foi político, advogado e militar. Santanense, nasceu no ano de 1890. Entre suas funções de destaque ao longo de sua vida, foi Delegado de Polícia no Distrito Federal, Intendente de Uruguaiana, Deputado Estadual, Deputado Federal em várias ocasiões, pelo Ceará e pelo Rio Grande do Sul. Foi também Senador e Governador do Estado. Flores da Cunha foi uma das nossas figuras mais representativas e pode ser apontado como expoente dos sentimentos de nobreza do povo gaúcho. Faleceu aos 69 anos (1959).

Silvio Ribeiro

Silvio Ribeiro, que atualmente denomina duas instituições de educação da cidade, pertenceu à tradicional família santanense. Nasceu no ano de 1906 e faleceu em 1965. Médico humanitário, seu gabinete era uma verdadeira romaria, onde, diariamente, pobres e ricos iam em busca de alívio para seus padecimentos. Idealizador e criador da maternidade da Santa Casa de Misericória, realizou obra de verdadeira benemerência.

General Daltro Filho

General de Divisão e Comendador da Ordem do Mérito Militar, Manoel de Cerqueira Daltro Filho nasceu na Bahia, em 1882. Praça militar precocemente, aos 16 anos de idade, galgou todos os postos da carreira militar, tanto por estudo, como por merecimento. Em 1932 atingiu o posto de General, após uma brilhante vida de infante, quer como instrutor e administrador da paz, quer como condutor varonil de homens nas campanhas em que tomou parte. Logo após a Revolução de 1932, foi nomeado Interventor em São Paulo e em 1937 no Rio Grande do Sul. Em nosso estado vinha desempenhando suas funções com imparcialidade, honestidade e patriotismo, quando foi colhido pela morte em 1938.

Sebastião Barreto

O coronel Sebastião Barreto foi o primeiro intendente municipal de Sant’Ana do Livramento. Assumiu o cargo em 1893, mas sua ação administrativa foi prejudicada pela Revolução Federalista. Veterano da Guerra do Paraguai, onde cubriu-se de louros, Sebastião Barreto se licenciou da chefia do executivo municipal para defender a república. Seu nome é lembrado pelos santanenses com respeito e veneração.

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