Grande movimento antecede celebração do Dia de Finados

Movimento foi grande na tarde de ontem, considerado acima da média em relação a anos anteriores

Movimento acentuado na tarde de ontem, já adiantava a lógica de hoje: intenso movimento

Um movimento bem acima da média. Foi o que pode ser constatado pela equipe de reportagem do jornal A Plateia na tarde de ontem, nos principais cemitérios da cidade: o Cemitério Municipal, o da Tabatinga e o Parque Vale dos Sinos. Também foi constatado que com o passar do tempo as pessoas de um modo em geral passaram a aceitar a morte com maior naturalidade. Lógico, sempre depois da consternação inicial, que é comum a todas as pessoas que perdem um ente querido. A data é também oportunidade de renda extra para muitas pessoas que devem estar presentes aos cemitérios da cidade durante o dia de hoje. São carregadores de escada e água, guardadores de carro e vendedores de flores. No centro da cidade, algumas floriculturas da cidade deverão realizar plantão de vendas a partir das 8h da manhã de hoje (confira no quadro de serviços na página ao lado).

 

Sobre a data

O dia de Finados tem um fundamento histórico. O Dia de finados é a data da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca. É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã, é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. Desde o século I, os cristãos rezam pelos falecidos. Costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século IV, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século V, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava.

Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de “Todos os Santos”.

O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração. Apesar de toda esta vocação religiosa da data, podemos encontrar relatos de pessoas que costumam, a seu modo, celebrar a data. É o caso de uma professora aposentada que ano após ano, coloca flores em casa no dia dos finados e eleva uma oração em memória das pessoas que já se foram. “Todas as pessoas precisam de uma oração, tanto as que estão aqui, como as que já se foram”, destaca.

Liocilda Machado, 61 anos, vendedora

Isolda Machado, 41 anos, vendedora

Oportunidade de renda em família

 

Feriados como Dia das Mães, Dia dos Pais e Finados são oportunidades para muitas pessoas reforçarem sua renda mensal. Esta situação não é diferente na família de Liocilda Souto Machado, 61 anos, e sua filha Isolda Machado, 41.

Mãe e filha aproveitam a data para arrecadar um extra. Liocilda vende flores há 4 anos, já sua filha está na atividade há apenas um ano. Liocilda, apesar da idade, não é aposentada, recebe apenas um auxílio-doença que, conforme ela, “mal cobre os remédios” que tem que comprar mensalmente. Ela complementa a renda, limpando pátios de casas e terrenos. Já a filha, que está desempregada, reclama da falta de oportunidades na cidade. “Faço faxinas, mas tenho que buscar sempre alternativas de renda”, afirma Isolda.

 

 

 

Um ambiente que transmite um novo conceito de amor e respeito
Cemitério Parque Vale dos Sinos, um novo conceito em trabalho familiar e de respeito

 

Parque está localizado a 10 km do centro da cidade

“Transmitir paz e conforto e não tristeza, no momento mais difícil da vida”. Este é o conceito de trabalho do casal Conrado Antônio Oliver e Mônica Elisa Diaz de Oliver, que administra o Parque Vale dos Sinos. Conforme destaca seu administrador, “o momento da perda de um familiar é muito delicado para a maioria das pessoas e, para tanto, evitamos de colocar tijolos ou lajes na frente das pessoas. Toda nossa cerimônia acontece em total sintonia com a natureza, queremos que as pessoas saim daqui com o coração leve, e é o que acontece na maioria das vezes”. Para a cerimônia, é usada uma tampa verde e flores, nos vinte minutos seguintes ao encerramento da cerimônia, o processo é concluído.

 

 

Vale dos Sinos: ambiente totalmente integrado com a natureza

Para Conrado, o mais importante nestes 11 anos de consolidação da empresa é o reconhecimento que as famílias atendidas fazem ao casal de empresários depois da prestação do serviço.

 

Diferencial

Conrado destaca que o local é amplamente planejado em 13 hectáres de terra, com localização privilegiada, e deve atender às necessidades de nossa cidade por muitos anos. “Nosso cemitério municipal que tem mais de 135 anos de funcionamento, não teve um planejamento adequado, além dos casos de vandalismo registrados no local. A administração municipal vai arrumando dentro das suas possibilidades, isso eu entendo perfeitamente, mas isso já não é suficiente. As capas do lençol freático estão expostas aos líquidos que vêm de um corpo que está se decompondo, sem falar nas possibilidades de doenças que podem vir do local. Hoje, temos o cemitério parque, que está em um local privilegiado que foi escolhido depois de mais de um ano de pesquisa. Nós temos duas salas velatórias climatizadas, junto ao local, tratamos de todo o deslocamento das pessoas que irão acompanhar a cerimônia, sem falar no atendimento no que se refere às primeiras atenções à família”, completa. Outro diferencial dos serviços do Parque Vale dos Sinos são os valores praticados e que podem ser parcelados. Apesar da sofisticação do local, os preços são altamente atrativos, o escritório do Parque fica na Tamandaré, 2505, e atende pelo telefone 3242-4420 e plantão 24h pelo celular 9975-6258.

Tradição cultivada em família

 

Zeli de Camargo e Maria Rosa da Silva

As cunhadas Zeli de Camargo e Maria Rosa da Silva mantêm uma tradição que é cultivada há mais de 30 anos na família: visitar os entes durante as datas que envolvem nascimento, morte, finados, dias de pai e mãe, no cemitério da Tabatinga. Maria Rosa destaca que vem ao local para limpar os túmulos de familiares, entre eles, tias, tios, primos, filha, mãe. “Nós viemos aqui todos os anos e fazemos uma limpeza, em diferentes datas, para mantermos o local limpo”, destaca.

 

Para ela, a saudade que fica das pessoas só é superada com visitas periódicas ao local, com flores e com uma oração.

Para ela, as pessoas que já se foram, apesar de não estarem fisicamente presentes, seguem mandando fluidos positivos para as pessoas que estão na Terra. “As pessoas que já se foram nos influenciam positivamente, pois tenho certeza que elas nos querem bem, nesta passagem que estamos aqui. Por isso, temos que manter a lembrança das pessoas que se foram. Minha mãe mesmo, faleceu há mais de 30 anos e mesmo assim eu venho sempre aqui, para prestar esta homenagem a ela”, completa.

Já Zeli de Camargo, que tem no lugar os túmulos dos seus sogros, diz: “Eu acho importante lembrar sempre as pessoas que se foram. Esta semana mesmo, tive um experiência muito forte com a minha vó, que já faleceu há mais de 15 anos, mas prefiro não aprofundar o assunto. Só posso relatar que foi uma experiência muito positiva para mim. Por isso, eu passo para meus filhos a importância de lembrar de nossos parentes e amigos que já se foram”.

Em relação ao ano passado, o local foi totalmente recuperado e, pelos relatos dos presentes, deixou de ser alvo de vândalos e dependentes químicos.

 

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