Superintendência confia na qualidade do produto, mas diz que melhoria é processo contínuo

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Francisco Signor, na mesa ao centro, coordenou a reunião que vai ampliar e diversificar a fiscalização no Rio Grande do Sul

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai tornar mais ampla e diversificada a fiscalização sobre o leite no Rio Grande do Sul, estendendo-a a todos os elos da cadeia produtiva.

A confirmação dessa nova postura foi disseminada para todo interior gaúcho, especialmente nas regiões produtoras de leite.

A nova sistemática de fiscalização não deixará de incluir, para análise, coleta de leite à venda nos supermercados. O objetivo é que não sejam mais realizadas adulterações no produto e, em caso de incidência dessas práticas, realizar as punições, com efeito, a fim de coibi-las definitivamente, protegendo tanto consumidor, quanto produtor do segmento.

O superintendente regional do Mapa, Francisco Signor, que participou nesta semana de reunião com a diretoria e associados do Sindilat/RS, disse que as medidas objetivam assegurar a qualidade do produto, “que já é o mais fiscalizado e o que oferece as melhores garantias aos consumidores em todo o país”, disse ele.

O Mapa concentrará boa parte dos seus fiscais e agentes de inspeção junto às plantas industriais que respondem pela maior parte da produção e que também dispõem de controles internos.

A fiscalização do leite à venda no varejo, consistirá na coleta de algumas caixas de um mesmo lote de uma determinada marca para análise e contraprova. Signor observou que nos países mais desenvolvidos, a fiscalização ocorre no produto à disposição no mercado.

“Eu estou preocupado em defender o setor produtivo, os empresários, os empreendedores que buscam sobreviver nessa pedreira tributária, sanitária, mercadológica”, disse o superintendente, que deseja o estreitamento de relações entre o Mapa e o setor produtivo. Segundo ele, reuniões entre os técnicos do órgão e da indústria ajudarão na melhoria da qualidade. “Nosso leite é o melhor e o mais fiscalizado, mas a melhoria do leite é algo contínuo”. Signor criticou a posição de pessoas que surgiram questionando a importância dos lácteos como alimento.

O presidente do Sindilat, Wilson Zanatta, pediu que o Mapa tenha mais critério na concessão de SIF e estude a possibilidade de estabelecer rodízio dos fiscais pelos laticínios.

O dirigente considerou a reunião com Signor produtiva e esclarecedora e previu que o setor continuará crescendo no Estado, pois os consumidores sabem distinguir o trabalho histórico e sério do segmento lácteo, do deslize de uns poucos envolvidos em irregularidades.

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