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PAPA EXORTA À SANTIDADE

Posted By redacao On 7 de maio de 2014 @ 9:53 In Opinião | No Comments

Na Audiência Geral de quarta-feira do dia 26 de março deste ano (2014) sobre o sacramento da Ordem, o Papa Francisco acentuou a necessária santidade pessoal dos bispos e sacerdotes como promotores da santificação das comunidades eclesiais. Destaco um aspecto do incentivo papal: “Quando não se alimenta o ministério, o ministério do bispo, o ministério do sacerdote com oração, com a escuta da Palavra de Deus e com a celebração cotidiana da Eucaristia, mas também com uma frequentação do sacramento da Penitência, acaba-se inevitavelmente por perder o sentido autêntico do próprio serviço e a alegria que deriva de uma profunda comunhão com Jesus.
O bispo que não reza, o prelado que não escuta a Palavra de Deus, que não celebra todos os dias, que não se confessa regularmente e, do mesmo modo, o sacerdote que não age assim, a longo prazo perdem a união com Jesus, adquirindo uma mediocridade que não é positiva para a Igreja. Por isso, devemos ajudar os bispos e os sacerdotes a rezar, a ouvir a Palavra de Deus, que é o pão cotidiano, a celebrar todos os dias a Eucaristia e a confessar-se de maneira habitual. Isto é muito importante, porque diz respeito, precisamente, à santificação dos bispos e dos presbíteros”.
Afirmações de alguns sacerdotes de Roma, segundo comentários por parte de pessoas fidedignas, encontram confirmação de pensamento nas mesmas do Papa Francisco, quando dizem que os sacerdotes da América Latina e, sobretudo, do Brasil, adeptos da Teologia da Libertação, são medíocres. De fato, tenho observado que aqueles religiosos professos da desditosa ideologia são esvaziados dos preciosos dons recebidos; e, por isso, não perseveram na posição que Jesus Cristo os colocou, porquanto, predomina neles um unilateralismo assaz preocupante com as questões sociais, desvinculando-se, “ipso facto”, da centralidade da vida: a comunhão plena com o Senhor Jesus, do qual emana o amor gratuito aos irmãos e irmãs, servindo-os na pessoa do Redentor da humanidade. Dou testemunho de um caso, dentre outros, “inomináveis”, que me fez sofrer sobremaneira: nos primeiros tempos após o Concílio Vaticano II, na efervescência das novidades renovadoras da vida cristã, um jovem sacerdote, empolgado freneticamente com a chamada “Teologia da Libertação”, chegou ao extremo de dizer-me que, muitas vezes, preocupado com as questões sociais, celebrava a santa Missa sem pensar em Deus. Então, preguntei-lhe como poderia acontecer tal coisa, quando o sacerdote está tratando com o próprio Deus, presente na Eucaristia, onde tudo fala de Deus: palavras, gestos, símbolos… Não obtive resposta! Aquele mesmo sacerdote, num curso de Comunicações Sociais, em Porto Alegre, há várias décadas, com a presença de três bispos e, aproximadamente, cem sacerdotes, em certo momento da temática, levantou e disse arrogantemente: “ Eu prefiro entrar de joelhos no casebre de um pobre a ajoelhar-me diante de uma Hóstia consagrada”. Não havendo quem o refutasse na assembleia, tomei a palavra, dizendo-lhe que estava blasfemando contra a presença real de Jesus no Pão consagrado, mistério do sacrifício da Cruz, que supera todo o bem que podemos fazer aos pobres. Com a graça de Deus, resisti a um possível mal súbito que me poderia, quiçá, ter levado à morte. Além deste episódio tão profundamente contristador, ouvi outros disparates de pessoas que se proclamavam religiosas. Mas, a história daquele pobre sacerdote teve uma conclusão, pouco após o episódio narrado. Abandonou o ministério sacerdotal, para “libertar-se” com uma mulher!… O supramencionado caso de um personagem desvairado dispensa qualquer outro comentário em relação à “Teologia da Libertação”.
Acompanhando o pensamento do Papa Francisco, clarifica-se a identidade do atual Vigário de Cristo, que não compactua com a mentalidade mundana, como muitos estão, ultimamente, interpretando-o como alguém que vem para revolucionar “in totum” a Igreja, segundo as categorias antagônicas à Revelação divina e, consequentemente, satisfazendo o mundo nos seus próprios princípios.

Pe. Hermes da Silva Ignacio

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