Acusado de homicídio é absolvido em Júri Popular

Defesa usou a tese de legítima defesa para conseguir a absolvição do réu

Em pé, o advogado de defesa, Luis Eduardo D’Avila. Sentados, o assistente de acusação, Vitor Hugo Argiles; o promotor José Eduardo Gonçalves e o juiz Gildo Meneghello

Desde as 9h da manhã de ontem, o salão do júri do fórum municipal recebeu a audiência de julgamento de Adilson Mendoza, conhecido como “Pequeno”. Ele foi acusado de, no dia 22 de outubro de 2007, ter realizado um disparo de arma de fogo e assassinado Américo Leonel da Silva Machado, na Avenida Saldanha da Gama, no Prado.

Tese de acusação

Na acusação, o promotor de justiça José Eduardo Gonçalves e o assistente Vitor Hugo Argiles trabalharam com os elementos dos autos que indicariam um motivo fútil para o crime. De acordo com as teses por eles apresentadas no plenário, o réu teria ido armado encontrar a vítima e efetuado um disparo, com um revólver calibre 38. O motivo apresentado seria uma dívida de R$ 50,00.

Tese de defesa

A defesa, realizada pelo advogado Luis Eduardo de Rosa D’Avila e assistida por José Antônio Moreira D’Avila, contestou alguns depoimentos prestados no Brasil, com os efetuados no Uruguai por familiares da vítima. Além disso, em todo o momento, o caráter de legítima defesa foi apresentado pelos advogados. Segundo eles, a vítima teria agredido o réu antes que ele efetuasse o disparo, na tentativa de defender-se. Inclusive teses de balística foram apresentadas.

Decisão popular

Familiares e amigos da vítima vestiram camisetas pedindo justiça pela morte de Américo

Às 16h30min, após reunião dos jurados, formado por três mulheres e quatro homens, na sala secreta, o juiz Gildo Adagir Meneghello Junior, titular da Vara Criminal da Comarca de Livramento, proferiu a sentença, que pela decisão do júri popular, absolveu o acusado.

Os familiares e amigos da vítima, que durante toda a audiência estiveram presentes com camisetas com a foto de Américo, com a frase “JUSTIÇA”, em entrevista, disseram não estarem contentes com o resultado. O irmão da vítima avaliou como uma injustiça a decisão popular. “Ele tirou a vida do meu irmão, assim fica difícil acreditar na Justiça. É lamentável o que acontece nesse país.”

O advogado de defesa, em entrevista à A Plateia, salientou que pelo contido nos autos, o resultado foi justo. “A prova demonstrava a legítima defesa, até porque existiam elementos colhidos, tanto no Brasil quanto no Uruguai, desde o momento em que ele havia sido preso. Tudo isso levava a uma absolvição. O fato é lamentável até por que se deu no comércio da vítima. Me sinto tranquilo e entendo que foi feita a justiça.”, destacou o advogado de defesa, parabenizando também o grande trabalho realizado pela acusação.

 

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