Já pensou em adotar um coelhinho de estimação?

Que os adoráveis coelhos foram tomados como símbolo principal da Páscoa (depois da ressurreição de Cristo) todos já sabem. Mas restringir os felpudos a isso é mero equívoco: tanto quanto qualquer outro pet, os coelhos têm sido a opção de muitas famílias na hora de adotar um animal de estimação, deixando de lado o estigma de associá-los quase que unicamente ao personagem Sansão, da revista da “Turma da Mônica”, ou de lembrar deles apenas na hora de contar para as crianças quem é que entrega o tradicional ovo de chocolate “de todos os anos”.

Talvez o karma do sobrenome seja o que fez o estudante de publicidade Vitor Coelho a ter amor pelos coelhos. Ainda que o coelhinho Bartolomeu esteja com ele há apenas um mês, a paixão pelo animal felpudo o acompanha durante uma vida inteira. O simbolismo do bichinho representado no sobrenome de Vitor é o que o fez levar o desejo adiante. “Gosto do meu sobrenome, acho coelhos bonitos e legais. Até tatuagem de coelho eu tenho”, adianta ele.

Conforme o estudante, que o alimenta com ração para coelhos e couve, o coelhinho de olhos azuis é bem ativo e gosta de ficar correndo. E por mais que o caráter de desconfiança eterna faça parte do comportamento do animal, o estudante arrisca: “ele não tem medo de mim”, diz. A vida com Bartolomeu não é das mais fáceis: todo o cuidado é pouco com o pet. Conforme o dono, ele faz muita sujeira, e precisa sempre de mordedores para conter o desejo eterno de roer tudo o que encontra pelo caminho. Mas a beleza do animal faz com que o coração do futuro publicitário amoleça. “Eu o amo”, afirma ele.

Cuidados

E para quem cria ou quer levar um coelho para casa precisa atentar para duas coisas: a alimentação e o ambiente em que eles vão viver. Segundo o veterinário Carlos Jatobá, especialista em Clínica de Pequenos Animais, o coelho possui uma intensa necessidade de roer, o que não o iguala de jeito nenhum a um roedor: o animal pertence à casa dos lagomorfos. Para quem pretende deixá-los soltos no quintal, é bom se preparar para um animal que irá fazer buracos, por ser um animal de tocas, devido, em vida livre, sempre ser presa. Isso faz com que ele se sinta protegido, de acordo com Jatobá.
Estimular o ato de roer também é importante porque os dentes deles estão em constante crescimento e precisam sempre ser gastos. “É bom o dono fornecer determinados tipos de vegetação que estimule o desgaste dos dentes, como os capins comuns e algumas folhas escuras”, diz Carlos.

Atenção redobrada

Outros cuidados que devem ser tomados giram em torno do manejo dele. Aquela imagem da Mônica carregando o coelho de pelúcia pelas orelhas deve ficar só nos quadrinhos mesmo. Segundo Carlos, “a pele deles é muito fina e sensível, e pegar dessa forma pode machucá-los. Uma forma de manejar é carregando com cuidado ou segurando-o pela pele do pescoço, dando o suporte com as mãos por baixo dele”, confirma. Os coelhos vivem dos cinco aos sete anos de idade, e o que os faz viver mais são os cuidados dedicados a eles. Para limpá-los, nunca dê banho diretamente, mas utilize pó de mármore, que facilita a eliminação da sujeira. E cuidado com as gaiolas com pisos de arame.

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