Refeitório Público Municipal é elogiado

Sociedade e Secretaria de Assistência e Inclusão Social destacam o serviço da Prefeitura e debatem melhorias

Núria Couto, cozinheira do Refeitório

Durante cinco dias da semana, segunda à sexta-feira, o Refeitório Público Municipal de Livramento serve para a população em geral uma refeição no horário de 11h30 às 12h30. A atividade acontece há mais de 10 anos e beneficia uma média de 100 a 150 pessoas por dia.

Segundo a coordenadora do Refeitório, Márcia de Freitas, o local recebe pessoas de todos os tipos, são moradores de rua, pessoas de baixa renda, famílias inteiras, dependentes químicos e mesmo pessoas muito pobres que vêm da cidade vizinha, Rivera, e fazem suas refeições de almoço todos os dias em Livramento.

Miguel Duarte, 38 anos, morador do Wilson, vive com o pai e está desempregado, faz as refeições toda a semana

O controle da quantidade de alimento produzido diariamente é feito pelas próprias cozinheiras, segundo a equipe, elas já sabem a média de pessoas que frequentam o refeitório por dia durante a semana, assim, nunca chega a faltar comida e quase nada é desperdiçado. O controle de higiene também é rigoroso, todos usam toucas e equipamentos de proteção individual.

O cardápio é diversificado e conta com salada de verdura e feijões todos os dias. A carne que é produzida é fornecida pela Secretaria de Agricultura do Município, e demais alimentos comprados pela Prefeitura. Contudo, quem quiser fazer alguma doação pode se dirigir à Secretaria de Assistência e Inclusão Social e obter mais informações.

Conforme o relato da cozinheira Núria Couto, “a equipe que trabalhava no Refeitório contava com a participação de voluntários, mas de um ano para cá, apenas funcionários da prefeitura estão trabalhando no local”, porém, o trabalho que é desenvolvido não foi afetado.

Na visão da cozinheira, o local precisa de reformas e da substituição de alguns aparelhos; são panelas, fogão, processadores e outros utensílios de cozinha indispensáveis. Parte do teto onde são preparadas as refeições está caindo e também precisa de reparos.

 

Edi de Oliveira, 79 anos, aposentado, mora no bairro Tabatinga, tem uma filha que mora em Rivera e vem toda semana para o Refeitório. Ao fundo, Nei Scobar, 69 anos, aposentado, morador do Prado, “gosto muito da comida e sempre venho comer aqui”

Em entrevista, o Secretário interino, Henrique Lopes, falou sobre as mudanças e projetos para o Refeitório Público. O Secretário conta que a primeira grande preocupação foi com a qualidade da comida que era servida, segundo ele, foram encontradas várias irregularidades e a urgência inicial foi saná-las.

A Prefeitura também contou com o trabalho voluntário de nutricionista para elaborar o novo cardápio e adequá-lo às condições normais de um organismo, foram incluídos alimentos de extrema importância, como carnes, legumes e feijão, itens que não podem faltar no prato daqueles que se alimentam diariamente no Refeitório.

Ainda segundo o Secretário, muitas dificuldades legais devem ser cumpridas para levar adiante as etapas de melhoria do local. Já existe o projeto de reforma do espaço, de compra de novos aparelhos e instrumentos para a cozinha e investimento do próprio grupo.

Sobre o fato de riverenses fazerem suas refeições aqui em Livramento, o Secretário Henrique Lopes disse já ter conversado com o Ministério de Desenvolvimento Social de Rivera e estão trabalhando em conjunto para regularizar a situação, “soubemos que brasileiros também frequentam os dois refeitórios públicos de Rivera, são informações do próprio MIDS”.

Teto da cozinha. Os trâmites para reforma já estão em andamento

Outra ação proposta pela Secretaria é ressocializar os usuários do Refeitório e não apenas dar-lhes comida, diz Henrique Lopes, “é necessário fazer uma ação social completa, tirar essas pessoas da miséria, conscientizá-las sobre higiene e acesso a benefícios e programas sociais”. A Secretaria tem a ideia de fazer no próprio local a alfabetização das pessoas, “àqueles que chegam cedo participarão de cursos antes da refeição”, é um trabalho que vai além de matar a fome, mas também de alimentar o espírito e o saber.

 

 

 

 

 

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