Queda no custo foi considerada pequena, e o os santanenses gastaram quase R$ 7,00 a menos do que no mesmo período, no mês anterior

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Em dezembro de 2013, os produtos que apresentaram maior elevação foram o óleo, a manteiga e o pão. Entre os produtos que registraram queda, destacaram-se o tomate, o leite e a batata

O valor da cesta básica do mês de dezembro apresentou queda de -2,35% em relação ao mês de novembro. O valor da cesta ficou em R$ 280,00, quase sete reais a menos (R$ 6,73) que o valor de novembro.

No mês de dezembro de 2013, os produtos que apresentaram maior elevação foram o óleo, 3,85%; a manteiga, 2,16%; e, o pão 2,13 %. Dentre os produtos que registraram queda, ganharam destaque o tomate, -12,53%; o leite, -5,00%; e a batata, -4,32%.

Em relação à variação anual acumulada, nos últimos doze meses de 2013, duas mercadorias apresentaram redução nos seus preços: o açúcar, -13,86%, e o óleo, -14,63%. Em relação aos produtos que ao longo do ano tiveram seus preços incrementados, destacam-se: a farinha, 39,55%; a batata, 37,68%; o pão, 32,87%; a banana, 26,68%; e o feijão, 21,68%. O tomate teve um comportamento anual especialmente particular, uma vez que em duas oportunidades foi apontado como o vilão do aumento no custo da cesta básica. Porém, após esses dois aumentos expressivos, seu preço apresentou quedas consistentes, tanto que ao longo do ano a variação do preço do tomate foi de apenas 1,89%.

Os aumentos anuais dos preços da carne (7,63%); do arroz (5,41%); do café (5,42%); e da manteiga (11,73%) foram menores que o aumento médio anual da cesta de Sant’Ana do Livramento, + 13,43%. Assim, em função da maior ponderação da carne e do tomate, e do efeito da variação negativa nos preços do óleo e o açúcar, a variação anual do valor da cesta básica foi menor que a variação de vários produtos, cuja ponderação é pequena, como por exemplo, a farinha, a batata, a banana, etc.

No restante do Brasil, com exceção de duas capitais, o resto apresentou variação mensal positiva no valor da cesta. As maiores variações foram registradas em Goiânia e Florianópolis, 7,95% e 7,86%, respectivamente. As duas capitais a registrar variação negativa em dezembro foram, respectivamente, Rio de Janeiro, 0,43%; e Aracaju, 0,88%. No ano de 2013, Salvador e Natal registraram as maiores variações: 16,74% e 14,07%. As menores variações anuais foram as de Brasília, 4,99%; e Goiânia, 4,37%. O dado anual de Porto Alegre foi de 11,95%, e o de São Paulo, 7,33%.

No fim do ano de 2013, o governo federal informou à população que o salário mínimo terá um incremento em 2014, passando de R$ 678,00 para R$ 724,00, isto é, um acréscimo de 6,78%, em termos nominais. Como a variação anual do custo da cesta básica de Sant’Ana do Livramento teve um incremento médio ponderado de 13,43%, o trabalhador santanense que ganha um salário mínimo, terá uma perda real de 5,86%.

Finalmente, cabe apontar que o trabalhador santanense remunerado com um salário mínimo, correspondente a 220 horas de trabalho, precisou de 90 horas e 51 minutos de trabalho para adquirir os alimentos necessários para a reprodução de sua força de trabalho.

^[2]“Agradecemos a colaboração dos proprietários dos estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios da cidade de Sant’Ana do Livramento, que permitem realizar a coleta dos preços necessária para a construção do índice do custo da cesta básica. Destacamos que este informe contou com a participação da acadêmica e bolsista Vivian Tatiana Rodriguez Yuane, e dos estudantes Gederson Silva Gogia e Elis Renner Bandeira, acadêmicos do Curso de Ciências Econômicas da Unipampa, que de forma voluntária coletam os preços da cesta básica na cidade”, salientou o professor Carlos Céspedes, coordenador da pesquisa.

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