Engarrafamento continuará em Livramento e não ocorrerão demissões

^[1]

Boato de que engarrafamento seria transferido para Bento Gonçalves foi desmentido pela indústria

Manifestação sindical ontem, às portas da indútria vinícola, teve finalidade de precaver mudanças que estão ocorrendo na empresa. Uma reunião, na manhã de ontem, representantes do Sindicato, da Confederação e da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação e a gerência local da Almadén (Miolo Wine Group) conversaram sobre as alterações administrativas que estão sendo realizadas na empresa. Um boato de que haveria a transferência do engarrafamento de Livramento para Bento Gonçalves tomou força, fazendo com que as lideranças de trabalhadores da CUT, CTB e Sindicato dos Trabalhadores no Comércio se associassem aos industriários para obter da organização comercial uma resposta.

O empresário Adriano Miolo, na véspera, havia negado qualquer mudança no engarrafamento. A mobilização foi intensa nos portões da empresa.

Os trabalhadores estavam preocupados que ocorressem reduções nos postos de trabalho na reestruturação administrativa que a empresa está realizando. Os representantes dos trabalhadores manifestaram as preocupações sobre fechamento de engarramento ou redução de postos, questionando se isso consta do projeto da empresa. O diretor Paulo Miolo disse ter ficado surpreso e tranquilizou os trabalhadores e a comunidade, afirmando que a empresa nunca vai querer diminuir a fonte de trabalho. Ele estava na região, atuando em vinhedos também pertencentes à empresa e veio às pressas para Sant’Ana do Livramento.

“Estamos há anos aqui e não foi demitido nenhum funcionário; agora estamos com a safra aí e estamos contratando 150 funcionários. Quero tranquilizar vocês: não se preocupem. A conversa que se ouviu ali: a Almadén vai fechar. Não, pelo amor de Deus! Viemos de lá para cá e em poucas palavras, não se preocupem, a empresa vai continuar, o trabalho de vocês também” – disse, fazendo referência aos trabalhadores.

Segundo o diretor Paulo Miolo, não há projeto de fechamento de engarrafamento. Ele afirma que não é possível prever o que venha ou não acontecer no futuro. “É o mercado que vai dizer”- referiu.

Leonel Caliari, gerente da unidade local, informou que todos retornaram ao trabalho, após a manifestação do diretor Paulo Miolo. Disse que há certo descontentamento dos funcionários por ter havido o corte do prêmio por tempo de serviço, o que pode ter sido motivador do boato. Também confirmou que a origem do boato sobre o fim do engarrafamento pode ter sido a demissão de um outro profissional que ocupava função na diretoria. ”A questão do prêmio será repensada” – disse.

Notícias Relacionadas

• 30 de janeiro de 2014 -- “Miolo ignorou tentativa de diálogo do governo gaúcho” ^[2]
• 28 de janeiro de 2014 -- Primeiros tanques de vinho são retirados da sede da Almadén ^[3]
• 22 de janeiro de 2014 -- Governo do Estado vai chamar empresários da Miolo e Nova Aliança ^[4]
• 18 de janeiro de 2014 -- Em reunião reservada, prefeito em exercício obtém o comprometimento de empresários ^[5]
• 15 de janeiro de 2014 -- Nova Aliança também vai engarrafar fora de Livramento ^[6]