Marco Zero promove evento em grande estilo
Da esquerda para a direita: o autor Cleber Tentardini;
professor Fábio Bento; proprietário da Marco Zero, Arthur; e a artista Elisa Maria Santana Holmos
Noite contou com exposição de pinturas e fotografias, lançamento de livros e sessão de autógrafos
Aconteceu na sexta-feira à noite, na Livraria Marco Zero, a exposição de pinturas e fotografias do grupo da professora Elisa Maria Holmos. Questionada sobre a importância de se trabalhar a cultura na cidade, a professora destaca que é um processo lento, e que aos poucos as pessoas estão começando a participar, estão deixando de pensar que é algo elitizado. “Esse espaço é de todos, basta querer participar”, afirmou a artista.
O sócio proprietário do estabelecimento, Arthur, conta que sempre realiza eventos desse tipo na Fronteira, e já trouxe à cidade os músicos Luís Fernando Verissimo e Ney Lisboa, sempre buscando unir leitura, música e arte em um mesmo ambiente. “Na nossa cidade existem diversas iniciativas culturais, mas são isoladas. Nós, da Marco Zero, estamos aqui há quase 13 anos, com uma atuação cultural forte. Realizamos parcerias, programas de incentivo à leitura, criação de bibliotecas livres e etc. Já realizamos também o evento Fronteiras musicais, lotando o teatro municipal de Rivera”, destacou.
Na mesma ocasião, foram lançados os livros Cidades de Fronteiras e Integração Sul-Americana, do professor Fabio Bento, que se mudou para a cidade para trabalhar na UNIPAMPA, e começou a se envolver ainda mais com esse tipo de estudo. A partir de então, com um vasto material, ele desenvolveu o livro que conta detalhes da convivência entre brasileiros e uruguaios.
“Chega um momento em que o jovem deve fazer uma escolha, ou seja, eu me sinto mais brasileiro ou me sinto mais uruguaio, e isso é só aqui na Fronteira, quase uma escolha de cidadania. Só que quando ele diz ‘eu me sinto mais uruguaio’, ou ‘me sinto mais brasileiro’, ao mesmo tempo ele diz que uma parte do outro lado está dentro dele”, explanou o professor.
Outro lançamento foi o O menino que se tornou Brizola, de Cleber Tentardini. O livro conta toda a trajetória do político, mostrando a sua infância e sua luta. “Eu fui em busca das informações com uma equipe de jornalistas mais experientes do que eu. Quando vi, estava com a vida do Brizola montada desde a sua infância. O livro é recheado de entrevistas, e é uma obra estimulante, onde se vê uma pessoa batalhadora e dedicada obstinadamente aos estudos”.
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